Na Luz
De soluço em soluço a alma gravita,
De soluço em soluço a alma estremece
Anseia, sonha, se recorda, esquece
E no centro da Luz dorme restrita.
Dorme na paz sacramental, bendita
Onde tudo mais puro resplandece,
Onde a imortalidade refloresce
Em tudo, e tudo em cânticos palpita.
Sereia celestial entre as sereias
Ela só quer despedaçar cadeias,
De soluço em soluço, a alma nervosa.
Ela só quer despedaçar algemas
E respirar nas amplidões supremas,
Respirar, respirar na Luz radiosa.
Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa (Nossa Senhora do Desterro, 24 de novembro de 1861 — Estação do Sítio, 19 de março de 1898) foi um poeta brasileiro, alcunhado Dante Negro e Cisne Negro. Foi um dos precursores do simbolismo no Brasil.
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Juracy Ribeiro, Sonia Sirolli
Há 15 anos
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